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Perspectivas Brasil e Peru

O Presidente da Câmara Brasil-Peru e também Vice-Presidente da Federação das Câmaras da América do Sul, Dr. Cesar Augusto Maia, concede entrevista à Agência Internacional de Notícias e ao Grupo Folha sobre os principais pontos e perspectivas da relação entre o Brasil e o Peru: “Hoje um dos fatos mais relevantes é a tão falada e aguardada saída para o Oceano Pacífico que liga Assis Brasil, no Acre, à Iñapari, no Peru. Com a nova rodovia teremos um grande benefício na economia da região Centro-Oeste do Brasil. A safra nacional de grãos seria elevada para pelo menos 160 milhões de toneladas em dez anos, volume 60% superior ao atual. Estima-se que o percurso entre Rio Branco e os portos peruanos seja percorrido em 72 horas, logo a rodovia fará com que a relação do Brasil com países como a Colômbia, Equador e Chile também seja fortalecida. Saiba que os negócios com essas nações giram em torno de USD$ 16 bilhões anuais e, ao se iniciar o corredor através da rodovia, este valor pode duplicar. Para você entender melhor, esta rodovia tem 2,6 mil quilômetros de extensão e corta a Amazônia peruana e os Andes e ligará a capital do Acre, Rio Branco, às cidades portuárias de San Juan de Marcona, Matarani e Illo, no Peru, passando pela Bolívia. A respeito das empresas, temos neste projeto as empreiteiras brasileiras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Correia e Queiroz Galvão, e duas outras empreiteiras peruanas, onde quatro mil operários brasileiros, peruanos e bolivianos trabalham. Posso ainda afirmar que naturalmente o turismo brasileiro e peruano será beneficiado e que os turistas brasileiros poderão chegar a Cuzco, Macchu Picchu, Puno, Lago Titicaca e Arequipa, no Peru, e outros destinos a custos mais interessantes. Sobre a diminuição ou a melhoria de condições geradas em decorrência da Rodovia, posso citar que o Brasil poderá exportar através da mesma uma variedade de produtos que saem hoje pelos portos de Manaus, Santos e Paranaguá, como alimentos, frutas, borracha, castanha, polpa de celulose, veículos automotores, ferramentas, implementos agrícolas, partes e acessórios de veículos, máquinas, equipamentos, substâncias químicas e petroquímicas, eletrodomésticos, sapatos, material de construção fabricado no sudeste ou na zona franca de Manaus. Os produtos citados são destinados aos mercados da costa do pacífico da América e dos países asiáticos. Por fim, podemos concluir que a reunião dos fatos nos remetem a um belo quadro futuro, logo a liderança política do Brasil, que acaba de ser renovada, e a do Peru, que estará se definindo em abril, ao constatarem que em breve os dois países passarão a ter uma relação econômica/social mais expressiva, buscarão alinhamentos e um plano em longo prazo, pois dependem destes para a sustentação de seus quadros.”

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